Quando “BADBADNOTGOOD” quer dizer “BOMBOMNADAMAU”


Ouvir uma música e poder desafinar acompanhando a letra é uma das coisas que mais gosto de fazer, mas ouvir um tema instrumental e viajar é do melhor que há. O universo de BADBADNOTGOOD (BBNG) não só me permite, como também me fomenta esta viagem.

Numa época em que a música que mais se ouve me parece quase toda ela “igual”, escolho BADBADNOTGOOD (BBNG). Esta banda instrumental canadiana – que é um género de “jazz de fusão” – distingue-se pela sua energia de improvisação, conjugando a música atual com a tradição do jazz e ainda um pouco de música clássica.

Os BBNG são um grupo formado por Matthew Tavares (teclas), Alexander Sowinski (bateria), Chester Hansen (baixo e contrabaixo) e Leland Whitty (saxofone, flauta, viola, violino e guitarra). O quarteto conjuga estes instrumentos e produz sons sui generis, envolventes e imprevisíveis em que a única constante é a qualidade. A música aqui é para ser ouvida e sentida.

Desde que começaram em 2010, já lançaram seis álbuns e foi ao longo destes álbuns que foram conseguindo quebrar o preconceito de que “o jazz é uma música erudita” e fazer chegar este género musical ao público mais jovem.

Além de músicos, os BBNG também são produtores, participando em sessões de colaboração e produção musical com músicos como Mick Jenkins, Kendrick Lamar, Earl Sweatshirt e Tyler The Creator. Do reportório de BBNG, escolher o meu tema preferido é uma missão impossível. Mas na minha lista das mais ouvidas estão os temas “BASTARD/LEMONADE”, “Can’t Leave the night”, “CS60” e “Earl”.

Dos quatro membros do grupo, o meu destaque vai para Matthew Tavares, não pelos seus atributos musicais, mas sim pela sua descendência açoriana que acaba por carimbar o grupo com o selo açoriano: BOMBOMNADAMAU!

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