“Quidam” é melancólico e introspetivo


Os Catacombe são um quarteto proveniente de Vale de Cambra composto por Pedro Sobast (guitarra), Filipe Ferreira (guitarra), Gil Cerqueira (baixo) e Pedro Melo Alves (bateria, percussão e piano).  Quidam é o terceiro longa-duração da banda depois de uma profunda mudança no seio do grupo.

Em Quidam encontramos um conjunto de canções que se enquadram em terrenos post-metal e post-rock, géneros musicais em alta nos últimos anos. Composto por 6 faixas, o álbum demonstra uma dinâmica variação de ritmo, umas vezes intempestivo e outras delicado, levando a que o disco nunca se torne repetitivo ou maçador. A prova está logo no arranque com “Zenith” que começa de forma branda e sedutora dando, posteriormente, origem a uma verdadeira explosão sonora. “Ninho de Vespas”, a mais longa do disco, presenteia-nos, uma vez mais, com mudanças de intensidade, num crescendo melódico até ao fim. Já “Shroud” assume-se como uma das faixas mais pesadas, mas nem por isso menos melodiosa, para o qual muito contribui o excelente trabalho das guitarras. “Lolita” é o oposto, de cariz melancólico trazendo alguma acalmia ao percurso feito até então. “Mental Confusion” tira-nos da zona de conforto criada pela música anterior e devolve-nos às atmosferas mais dinâmicas criadas pelas primeiras faixas. Finalmente chegamos a “Nadir”, melodiosa q.b. e assumidamente post-rock, que culmina da melhor forma o disco.

Melódico, melancólico e introspetivo, Quidam é uma obra experimental forte e competente que certamente não fica em nada atrás no meio de um mar de lançamentos do género e que faz jus à carreira que a banda tem vindo a fazer desde a sua fundação em 2007.

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