Ritmos quentes no Monte Verde com Marcelo D2 e Alborosie


É já na próxima semana, 14 de agosto que o italiano Alborosie sobe ao palco do Festival Monte Verde. O cantor de reggae é um dos grandes cabeças de cartaz da edição deste ano do festival micaelense e promete arrastar uma multidão à praia do Monte Verde na Ribeira Grande.

Com uma carreira que já conta com mais de 20 anos, primeiro com a banda do seu país de origem Reggae National Tickets da qual foi fundador, e a partir de 2008, como artista a solo a partir da Jamaica onde foi à procura das raízes do reggae e da cultura rastafári e onde se estabeleceu. O cantor é uma das maiores figuras da cena reggae a nível mundial, tendo sido o primeiro artista não jamaicano a ter como distribuidora a editora de Bob Marley, a Tuff Gong. Trabalhou com nomes proeminentes como Gentleman e Ky-Mani Marley e gravou para Manu Chao e Shakira, por exemplo. Para além de cantor, é também multi instrumentista, tocando todos os instrumentos que ouvimos nos seus álbuns (bateria, guitarra, baixo e teclados), produtor e engenheiro de som.

Sendo já presença habitual em vários festivais de norte a sul de Portugal, como o Sumol Summer Fest , esta é a primeira vez que o cantor toca em solo açoriano, sendo uma das grandes apostas da organização do festival.

O público espera ouvir os grandes hinos de Alborosie, “Herbalist”, “Kingston Town” e “Rastafari Anthem”, e espera-se também que este seja o dia mais concorrido, sendo o italiano um dos maiores nomes que alguma vez pisaram o palco do festival da Ribeira Grande.

No dia seguinte, é a vez do rapper brasileiro Marcelo Maldonado Gomes Peixoto, mais conhecido pelo seu nome de palco Marcelo D2, encabeçar o festival, diretamente do Rio de Janeiro para São Miguel.

Conhecido primeiramente como vocalista da banda brasileira de rap rock Planet Hemp, uma das maiores no Brasil dos anos 90, onde deu os primeiros passos. Com os Planet Hemp lançou 3 discos entre 1995 e 2000, a partir de 1998, começou a dar cartas como artista a solo, com a edição do seu primeiro álbum “Eu Tiro é Onda”. Mas só em 2003 viu o seu trabalho a solo verdadeiramente consagrado, com o disco “À Procura da Batida Perfeita”, onde conseguiu misturar com mestria o samba e o hip hop, mix pelo qual é conhecido hoje em dia.

As suas letras refletem sobretudo a realidade vivida no Rio de Janeiro, os constantes abusos da polícia e as chacinas nas ruas, tendo um grande nível de crítica social.

Reggae e hip hop vão ser a banda sonora nos dias 14 e 15, numa edição do Festival Monte Verde que promete ser das melhores até à data.

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