The Walks com novo álbum: “Fool’s Gold”


Prezando o distanciamento a rótulos e a ideias pré-concebidas, os The Walks têm apostado fortemente nas suas prestações ao vivo, procurando dessa forma a criação de uma sonoridade própria e autêntica. A banda fez o trabalho de casa e na sua sonoridade há sinais de personalidade na mestria com que fundem a força do ‘garage rock’ com o groove do ‘rhythm and  blues’, e na subtileza com que misturam o ‘british beat’ dos anos 60 e a ‘brit pop’ dos anos 90.
Gravado nos Estúdios Sá da Bandeira, com o acompanhamento de Víctor Torpedo (The Parkinsons e Tédio Boys) ao longo da sua produção, o EP “R” marcou os primeiros passos no trabalho discográfico do grupo, conhecendo a luz do mercado a 13 de Julho de 2014, após um longo processo de divulgação, do qual fizeram parte espetáculos em Espanha (Madrid e Cáceres), NOS Alive 2014, Festas Académicas de Coimbra e Porto, entre outros, com seu single de apresentação “Redefine” a ser incluído na colectânea “Novos Talentos FNAC 2014”.
Depois da sua estreia discográfica ter revelado um bom pronúncio para o futuro da banda, apresentam-se agora com novo trabalho e nova formação. Gonçalo Carvalheiro (baixo), John Silva (voz), Miguel Martins (guitarra), Nelson Matias (guitarra) e, agora, com Paula Nozzari na bateria, preparam-se para o lançamento e divulgação do seu primeiro longa-duração: “Fool’s Gold”. À imagem do trabalho anterior, o mérito de gravação é atribuído aos Estúdios Sá da Bandeira e todo o trabalho de produção foi realizado em colaboração com João Brandão. Tal como aconteceu com “R”, a edição do novo trabalho está a cargo da Lux Records.
Com um caminho cada vez mais traçado para uma sonoridade original, mostram-se mais consistentes e artisticamente adultos. “Fool’s Gold” é o espelho disso mesmo, pujante, o disco entra no ouvido sem pedir licença. Para aqueles que identificaram a força do grupo em “R”, o novo trabalho não desilude, é directo àquilo que interessa, sem rodeios ou grandes floreados. Liderados por uma inegável musculatura das guitarras, os temas são conduzidos pela densidade cativante do baixo que, sensualmente, se contorce nos meandros da bateria, e em que a voz se continua a afirmar como uma das marcas mais vincadas na personalidade da banda. O ano 2015 promete ficar na memória da banda e daqueles que a acompanham.
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