Um Kind of…Jazz


Ontem foi o dia Internacional do Jazz! (30 de abril), e não podia deixar de fazer referência a um álbum que, passe a comparação, está para o Jazz como o Dark Side of the Moon está para o Rock.

Falo do Kind Of Blue de Miles Davis.  
Miles Davis até nem é dos mais influentes músicos Jazz, este pódio está ocupado por ColtraneParkerBlakey, entre outros, mas sempre foi um compositor excelente, e na minha opinião um dos, senão o maior, responsáveis por tornar o Jazz um género musical aberto para as massas, sem perder a sua essência e classe. O Kind of Blue representa isso mesmo.
A primeira vez que me apresentaram este álbum foi através do tema “All Blues”, e desde aí fiquei logo viciado em temas Jazz 3/4 (tecnicamente o “All Blues” é um 6/8, mas a forma como eu sinto o groove é igual…). Quase que já nem consigo swingar num 4/4, até me soa a Rock de tão banal que é, comparado com as outras assinaturas de tempo.
Depois de introduzido ao álbum, fui “obrigado” a repescar mais um tema: o “So What”! Nunca me canso de ouvir a entrada pesada do swingado no ride e do walking bass. Um verdadeiro must have, para quem gosta de tocar Jazz.
Também extremamente “requisitada” é a música “Green in Blue”. Magnífica balada. Quem disse que o trompete era a “voz” dos instrumentos devia estar a escutar este tema.
É preciso não esquecer a presença de Jonh Coltrane, Jimmy Cobb, Bill Evans, Julian “Cannonball” Adderley, que contribui em muito para esta obra prima. É isso que admiro no Jazz: hoje eu toco contigo, amanhã tocas comigo.
Kind of Blue, mesmo tendo só cinco temas, tem uma duração de 55 minutos na aparelhagem, mas uma eternidade na história da música.

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