Marillion, “Misplaced Childhood” e o caminho perfeito para o Neo-Prog


No seguimento de um artigo sobre iniciação ao Prog Rock, decidi dedicar este capítulo a uma banda e a um álbum em específico. A banda; Marillion, o álbum; Misplaced Childhood.

Primeiro, a história: o meu primeiro contacto com Marillion foi ao vivo… na praia das milícias! Exato, uma das melhores bandas prog do mundo, já esteve em S.Miguel. Só tenho pena que na altura não tenha sabido apreciar.

Segundo, o contexto: Os Marillion iniciaram uma vaga que, de certo modo dura até hoje – o subgênero Neo-Prog Rock!

Voltando ao disco, Misplaced Childhood foi o disco comercialmente mais bem sucedido da banda, muito por culpa do single “Kayleigh”. Mas o álbum vale muito mais do que este carimbo aparentemente significa! Uma prova da complexidade do disco está no facto de que é preciso mais que uma escuta para se conseguir ingerir. Depois, fica-se viciado.

Aliás, mesmo se retirarmos “Kayleigh” e “Lavender”, os mais comerciais, o disco segue imponente. Principalmente na segunda metade do disco. Começando com “Whaterhole” (Expresso Bongo), fazendo ponte em “Lords of the Backstage” (este 13/8 derrete-me todo)  e indo para o épico “Blind Curve”. O tema “Childhood’s End” é o cruzamento perfeito entre os 80’s e o Prog, assim como “White Feather”.

Nascido da mente conturbada de Fish, este terceiro disco da banda é o corolário do melhor momento de forma dos Marillion ( já com Ian Mosley na bateria e ainda com Fish nas vozes e liderança).

Lá está, para os ainda não amantes de rock progressivo, se calhar o Neo-Prog é um bom começo. Neste sentido Misplaced Childhood é a cartilha do subgênero e, a par de “Script for a Jester’s Tear”, o cartão de visita dos Marillion.

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